Advogados contam como usaram a criatividade para fugir da crise em 2015

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Com recuperações judiciais, demandas trabalhistas, apertos fiscais e aumento da procura por negociações, a crise econômica não espantou trabalho para a advocacia neste ano. Mas ficou mais comum ouvir clientes de todos os portes pedindo desconto nos serviços, segundo participantes da festa que reuniu representantes dos maiores escritórios do Brasil, promovida pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa) e pelo Sindicato das Sociedades de Advogados do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro (Sinsa).
Apesar da pujança do coquetel que reuniu os advogados nesta terça-feira (1º/12) no Jockey Club de São Paulo — onde uísque, prosecco e canapés eram servidos aos cerca de 900 comensais —, o ano foi de cintos apertados. Valores que deveriam ser recebidos até o final deste ano, por exemplo, estão previstos para chegar às contas das bancas em março de 2016.
“Este foi um ano atípico. Todas as sociedades de advogados sentiram o impacto da crise, de uma maneira ou outra. Os ativos brasileiros mais baratos interessaram investidores e o contencioso ganha impulso, mas por outro lado os custos fixos aumentam e os clientes tentam renegociar os honorários”, avalia Carlos José Santos da Silva, o Cajé, presidente do Cesa.
O aperto e o aumento da inadimplência dos clientes não se traduziram em demissões nos escritórios — muitos entrevistados disseram,inclusive, ter contratado mais profissionais em 2015. Os relatos, no entanto, apontaram menos bônus, sucessivas rodadas de negociações com os clientes.
João Gondim, do Gondim Advogados Associados, notou o fim de regalias antes oferecidas por grandes empresas. “Operadoras de telefonia, por exemplo, costumavam disponibilizar carros para levar às audiências advogados que as patrocinavam. Depois, passaram a reembolsar táxis e agora deixaram de bancar o trajeto.”
“Quem acha que essa crise ajuda advogado está completamente enganado. Aumentou-se o trabalho, mas não a remuneração”, resume Ricardo Tosto, um dos fundadores do Leite, Tosto e Barros Advogados.
Segundo José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo e sócio do Ribeiro, Abrão e Matheus Advogados, um dos problemas é o “poder de fogo” dos departamentos jurídicos de empresas, que acabou apertando o valor dos honorários. “Esperamos que o novo Código de Ética da Advocacia surta efeitos ao caracterizar como infração ético-disciplinar o aviltamento dos honorários.”
Luiz Flávio Borges D’Urso, conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil e sócio do D’Urso e Borges Advogados Associados, afirma que colegas chegaram a ter dificuldade para manter a própria estrutura. Para ele, cabe à advocacia adequar os gastos a esse cenário, pois o advogado “tem que ser parceiro do cliente em horas difíceis”.
“Os clientes estão ‘pechinchando’ mais e alguns têm demorado para pagar pelos serviços. O ambiente ainda está favorável, porque o advogado ganha quando a curva está baixa e alta. O próximo ano vai definir se o quadro vai se estagnar”, afirma José Setti Diaz, diretor financeiro-administrativo do Cesa e sócio do Demarest Advogados, de São Paulo.
Por Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa)
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 2 de dezembro de 2015, 19h01
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2 de dezembro de 2015 |

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